"Our duty is to feel what is great and love what is beautiful - not to accept all the social conventions and the infamies they impose on us."

In Madame Bovary de Gustave Flaubert

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

The farm (II)

__
Amanda dirigiu-se ao piso térreo em busca de água. Ouviu o som inconfundível do chuveiro onde Guilherme tomava banho. Num ímpeto invulgar nela seguiu em direcção à porta do quarto de banho e empurrou-a ligeiramente. Conseguia ver parte da cabine, cuja metade superior estava tomada pelo vapor da água quente, deixando apenas à vista a metade inferior do corpo do ex-advogado que se encontrava de costas para a porta. Estava boquiaberta enquanto olhava para as pernas musculadas, onde se destacavam os gémeos salientes e os glúteos de forma firme e arredondada. 

Guilherme prosseguia o seu tranquilo duche sem imaginar tal hipótese de voyeurismo na sua própria casa. Virou-se enquanto ensaboava o ventre, deixando à vista o seu membro pendente envolto numa pequena penugem quase inexistente. 

Amanda continuava boquiaberta quer pela imagem que via quer pela incredulidade do que estava a fazer. Sentia-se impelida a entrar e juntar-se ao seu anfitrião. Sem que se desse conta já se acariciava suavemente. O que via era incrivelmente sexy, e o risco de poder ser apanhada em flagrante delito pela sua vítima ainda lhe aumentava mais a excitação. Continuava a acariciar o seu clítoris enquanto enquanto via Guilherme a ensaboar o seu membro que parecia ter ganho algum volume entretanto. As pernas tremiam-lhe de tesão.

O anfitrião banhava-se calmamente, aproveitando para relaxar do dia que, apesar de tudo terminara mais cedo devido à visita recebida. E cada vez que pensava nela, vinha à sua mente a imagem das longas pernas  douradas sentadas no seu cadeirão no escritório e dos olhos negros penetrantes. Sentia-se de tal forma atraído por ela que começou a sentir o seu pau a crescer. Agarrou-o como se o quisesse impedir. Depois acariciou-o. Envolveu o  pénis e os testículos com uma mão sentindo-lhes o volume. Sentiu-se incapaz de controlar a excitação. Sentia o pau a crescer na sua mão e pausadamente começou a masturbar-se. A água e a espuma escorriam-lhe pelo corpo.

A visitante sucumbira às pernas trémulas e deixara-se cair. Sentada no chão e encostada à ombreira da porta e de pernas abertas masturbava-se com frenesim enquanto olhava o pau entesado de Guilherme. A calcinha postas de lado deixava bem à vista a vagina completamente depilada e os grandes lábios da morena.

Subitamente, solta um gemido audível. Dentro da cabine de duche, Guilherme parecia ter ouvido alguma coisa e parou mas a névoa que se gerara em volta da cabine  e o vidro completamente embaciado impediam a visão para o lado de fora.
Amanda percebera que tinha sido ouvida. Havia agora duas soluções e ela já escolhera.Numa atitude irracional nada sua, levanta-se. Deixa cair no chão a saia e as cuecas semi transparentes de renda negra, arranca a blusa e o soutien num ápice e dirige-se para a cabine.

Ele vê um vulto e avança para abrir a porta, que nesse mesmo momento se move na sua direcção. À sua frente Amanda, completamente nua entra e agarra-lhe o membro erecto.

- Estava lá fora a ver-te mortinha por entrar! Vê como me puseste! - disse agarrando a mão dele e puxando-a para o seu húmido entrepernas.

Guilherme manteve-se mudo. Fitou os olhos negros da visitante, agarrou-a pela cintura e beijou-a enquanto lhe percorria com a mão os seios pequenos e firmes antes escondidos por um soutien push-up. Empurrou-a para a parede aquecida pelo vapor da água que continuava a cair do chuveiro. Ela cravou-lhe as pernas à volta da cintura ficando ao colo de Guilherme que a encostou à parede e sem demora penetrou a advogada que soltou um urro de prazer. Ele estocava fortemente enquanto mordiscava o pescoço de Amanda que se deixava levar por aquele momento de loucura.

Amanda gemia insistentemente enquanto Guilherme a penetrava com incessante vontade até que atira em tom de ordem um "Come-me por trás. Agora."

Perante tal voz de autoridade pô-la no chão. O seu corpo latejava e as pernas estavam bambas com a tesão daquele momento. Virou-se de costas para ele apoiou os braços na parede e empinou o rabo.
Vem - disse ela em tom desafiante.

Ele agarrou-lhe o cabelo e apontou o bracamarte fazendo-o deslizar para dentro da voyeur. Puxava-lhe o cabelo a cada investida, metendo-o até o sentir a tocar bem lá no fundo. Os seus músculos vibravam a cada contracção. Amanda delirava como há muito não acontecia. Sentia-se completamente possuída, com a adrenalina a subir aos píncaros de cada vez que sentia a cabeça do membro entumescido de Guilherme a irromper caminho por si adentro.

O amante começou a sentir o fruto da excitação a crescer dentro de si. Sentia a lava a subir pelo seu pénis erecto até sussurrar ao ouvido da companheira - Vou-me vir....

Amanda afastou-se e virou-se para ele agarrando-lhe o pau e puxando-o para bem perto de si, punhetando-o até ao gozo final acompanhado por um forte urro do amante.


domingo, 18 de novembro de 2012

The Farm

Fazia-se sentir um calor infernal naquela tarde de verão. Guilherme aproveitava a tarde para fazer algumas reparações nos anexos do Monte que adquirira recentemente no Alentejo. Deixara a sua carreira de advogado para se dedicar a um projecto de desenvolvimento agrícola.

No auge dos seus 35 anos apresentava uma forma física invejável, muito graças às horas que dedicava semanalmente ao triatlo. Transpirava abundantemente, de tal forma que a sua pele bronzeada reflectia cada gota de suor que corria pelos músculos tonificados cujo esforço realçava. O aperto dos jeans algo gastos deixava notar o desenvolvimento muscular das nádegas e pernas. A proporcionalidade era perfeita!

Ouviu à distância o som rouco de um veículo a aproximar-se. Não imaginava quem pudesse ser. Estava divorciado à mais de um ano, altura em que decidira deixar a advocacia para se dedicar a um projecto pessoal de agro-industria. Para além da família, pouca gente gente conhecia quer o seu paradeiro quer a sua nova ocupação. 

O veículo aproximava-se a uma boa velocidade pelo caminho de terra batida deixando no ar uma espessa nuvem de poeira amarelada. 

Um Range Rover Evoque com vidros escurecidos parou próximo da casa recém remodelada que tomara a Guilherme os primeiros meses depois de se mudar. O jipe permaneceu imóvel durante alguns segundos sob o olhar atento do proprietário da casa, até que a porta do condutor abriu. Viu pousar no chão uma bota negra de salto incrivelmente alto, depois a outra. De dentro da viatura saía de uma forma quase cinematográfica uma mulher de cabelo negro brilhante, com uns óculos escuros que lhe tapavam parte da face. Envergava uma saia de cabedal negro e uma blusa bastante decotada.
Dirigiu-se a Guilherme que tentava, em vão, reconhecê-la. 

- Boa tarde! Guilherme Salvador? - perguntou 

- Sim, sou eu. E com quem tenho prazer de estar a falar?- questionou enquanto secava com uma toalha o suor que lhe pingava pelo tronco.

- Amanda Soares. Trabalho na CostaLima&Assoc. Estou encarregue de um dos casos que deixou pendentes. - disse enquanto tirava os enormes óculos deixando a descoberto os olhos pretos, maquilhados com um eyeliner carregado e enquadrados por uma pestanas longuíssimas. 

- Como deve saber deixei a advocacia. De qualquer forma, se puder ajudar, terei todo o gosto. - Respondeu de forma amável. 

- É por isso que aqui estou. Extraviaram-se algumas cópias dos documentos do caso Mirage e estamos com dificuldades de acesso aos originais. Como sabemos que tem cópias de todos os seus processos, gostaria de saber se os podemos consultar até termos novas cópias em nossa posse.  - Explanou sucintamente.

- Claro. Sem problema. Vou levá-la ao escritório e dou-lhe o processo para consultar. - Disse enquanto lhe indicava a porta da casa. 

Seguiram pela casa, devia ter umas 5 ou 6 divisões mais os anexos. A cozinha e a Sala eram a mesma divisão, bastante amplas e com decoração rústica, dominada por uma lareira bem ao centro que dominava a divisão. Com Guilherme à frente, seguiram por uma pequena escada que dava acesso ao escritório, antes um pequeno sótão ou arrumo e que agora albergava a ampla colecção de livros e documentação, para além de ser o local onde era gerida a pequena empresa de Guilherme. Indicou à visitante que se sentasse na sua cadeira e colocou-lhe à frente um conjunto de dossiers sobre o processo que a levara até ali. 

- Sinta-se à vontade para usar o que for preciso aqui ou lá em baixo. Vou descer e tomar um pequeno duche que isto não são formas de receber visitas. - Disse sorrindo enquanto apontava para si mesmo em tronco nu e com alguma sujidade visível pela roupa.  

A advogada mirava discretamente o anfitrião enquanto se sentava na poltrona almofada recostando-se. Cruzou a perna direita sobre a esquerda deixando claramente à vista o tom de pele dourado das suas pernas e pousou sobre elas um dos dossiers - "Por mim não há problema que esteja assim. Está tanto calor!!" - atirou, enquanto abria mais um botão da sua já decotada blusa. 

O homem desceu em direcção ao duche. Entrou no quarto de banho e vagarosamente, tirou os jeans  e ficou apenas de boxers pretos encimados por um fino traço vermelho. Apoio as mãos no lavatório rectangular e olhou-se ao espelho, pensando durante alguns segundos na inusitada visitante que deixara no seu escritório. Tirou os boxers e dirigiu-se ao painel digital da cabine de duche redonda feita por ele mesmo e seleccionou a temperatura da água que de imediato começou a brotar de um larguíssimo chuveiro junto ao tecto.

Fechou os olhos e ali ficou a sentir o relaxamento provocado pela  água que caía sobre o seu corpo.