"Our duty is to feel what is great and love what is beautiful - not to accept all the social conventions and the infamies they impose on us."

In Madame Bovary de Gustave Flaubert

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Sob o Olhar do Dragão

Semanalmente deleito-me com uma hora de massagens e às 19h lá estava eu à porta do Spa para mais uma sessão com a Andrea.
Entrei e dirigi-me à receção.
- Boa tarde. Tenho sessão agora com a Andrea.

- Boa tarde. Não lhe ligaram a informar?  Ela está adoentada. Posso ver se a Vicky o atende. Tailandesa e pedras quentes, certo? - questionou enquanto pegava no telefone.

- Sim é isso. Vicky? não conheço, mas tudo bem!

Passados alguns segundos a rececionista pousou o telefone. - Se quiser aguardar 10 minutos ela atende-o.

- Por mim pode ser, estou mesmo a precisar...

Coloquei os phones e sentei-me descontraidamente numa das poltronas da recepção a ouvir uma playlist tranquila. Seleccionei GotanProject e fechei os olhos. Ao som daquele tango pósmoderno a minha mente ia sendo invadida por imagens de uma dançarina morena, ornamentada por um longo vestido vermelho com uma racha lateral até ao cimo da perna, que tinha visto uns dias antes numa actuação no Casino de Lisboa.

Deixei-me levar pelo ritmo latino e fogoso, de tal forma que nem dei pelo tempo passar. Senti um toque suave no braço. Era a minha vez. Levantei-me olhei para o balcão e a rececionista fez um gesto na direcção do gabinete. De costas para mim, estava uma morena altíssima com uns longuíssimos cabelos negros de um brilho fantástico vestida.

Segui em direcção ao gabinete e vendo que ninguém estava lá dentro hesitei junto à porta, quando uma voz feminina atrás de mim me incentivou a entrar.

"Pode entrar. Já sabe como funciona, tira a roupa e ponha a toalha por favor. Pode deitar-se de barriga para baixo. já cá venho ter." - Disse a jovem atrás de mim.

Entrei e segui as instruções. Deitei-me na marquesa e virei a cabeça para o lado esquerdo. Passado algum tempo entrou uma figura feminina de bata branca. Era a morena que estava junto ao balcão quando estava a entrar.

"Boa tarde. Sou a Vicky. A Andrea não pode vir mas eu posso atender as marcações dela."

"Olá. Nunca a tinha visto por aqui. Por mim tudo bem. Preciso mesmo é das massagens... estou de rastos." - respondi eu enquanto a olhava meio de soslaio.

A bata branca contrastava com o negro das meias que envergava conferindo-lhe um ar sexy, incrementado pelas pernas bem torneadas.
Fechei os olhos e apoiei o queixo na mão. Senti as mãos a tocarem-me as costas, humedecidas pelo óleo de massagens que emanava um ligeiro aroma a côco. Percorreram-me cada músculo de forma firme e conhecedora. A cada movimento conseguia sentir a tensão a diminuir e o relaxamento ia tomando conta de mim.

Senti a sua presença à minha frente. Alcançou-me os ombros, contorceu-me os braços de forma alternada. As suas mãos tocavam cada músculo dos meus braços, como se os acariciasse. Sentia-me bem nas suas mãos.

Voltou a centrar-se nas costas. Pressionava ligeiramente os trapézios. Reconheceu cada uma das vértebras pressionando-as suavemente até as sentir voltar ao seu devido lugar. A sensação revigorante e relaxante tinha tomado conta de mim, de tal forma que me sentia num transe profundo.

Centrou as suas atenções nas pernas, massajando cada uma delas com veemência, levando-as de uma rigidez quase completa a um estado de libertação fascinante, que nunca tinha sentido nas mãos de Andrea. Sentia os Gémeos leves, capazes e sem dor. Os seus dedos deslizavam pelas minhas pernas. O calor que emanava das suas mãos para os meus adutores deixava-me confortável, o aperto de cada movimento. Senti a toalha que me cobria os glúteos a deslizar para o chão para de seguida a massagem aí prosseguir. Sentia-a a desfrutar cada aperto no meu rabo e começava a sentir-me levemente excitado.


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Nice outfit Kylie...

não sabia que os vestidos Jean Paul Gaultier podiam ser tão "kinky"? 
será este o adjectivo correcto?